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Lançamento da campanha do Rio Utinga marca nova fase na gestão dos recursos hídricos da Chapada

Na noite de quarta-feira (11), foi lançada na sede da Associação dos Agricultores da Bacia do Rio Utinga (AABU), no município de Wagner, a cerca de 400 km de Salvador, a campanha “Dia do Rio Utinga”. O principal objetivo da campanha é sensibilizar os habitantes do entorno da Bacia do Rio Utinga sobre a escassez de água e a importância de sua preservação.

Fotos: André Reis- Ascom/Sema

O evento, organizado pelo Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema), contou com a presença de Antônio Martins de Oliveira Rocha, diretor de Recursos Hídricos e Monitoramento Ambiental (Diram) do Inema; Ana Carolina Delfino, representando Simone Sodré, coordenadora da Unidade Regional Chapada Diamantina do Inema; Luiz Carlos Araújo, coordenador executivo de Ações Estratégicas (Coaes) da Secretaria do Meio Ambiente (Sema); além de agricultores, lideranças locais e outros envolvidos com a causa.

A programação incluiu uma palestra socioeducativa, abordando a conscientização sobre a gestão sustentável da água e os desafios enfrentados pela Bacia do Rio Utinga, especialmente em função das mudanças climáticas e do crescente uso dos recursos hídricos.

Fotos: André Reis- Ascom/Sema

Antônio Martins apresentou aos presentes um diagnóstico detalhado da situação atual do Rio Utinga, explicando o monitoramento do curso de água e as medidas que o Governo do Estado, por meio do Inema, pretende implementar.

“Esse é um momento extremamente positivo. É importante que realizemos essa ação com os irrigantes da região e, sobretudo, com a participação efetiva do Comitê da Bacia Hidrográfica do Paraguaçu (CBH Paraguaçu). As ações que estamos planejando para a Bacia do Utinga precisam ser realizadas com sucesso. O Dia do Rio é uma manifestação clara do Estado para discutirmos e resolvermos as questões de escassez hídrica na Bacia do Rio Utinga. Esse diálogo nos permite um entendimento melhor, principalmente para buscar soluções adequadas”, avaliou Antônio.

Durante o evento, foram discutidas medidas de proteção ao abastecimento de água na região, visando assegurar água para o consumo humano, além de atender às demandas da agricultura familiar, pecuária e piscicultura, atividades econômicas fundamentais para a região. Algumas das medidas planejadas pelo Inema também foram apresentadas pelo diretor.

Fotos: André Reis- Ascom/Sema

“As medidas mais importantes que identificamos incluem o Dia do Rio, em que há um dia específico, às quartas-feiras, sem captação de água do rio, para melhorar a disponibilidade hídrica na bacia. Há também um compromisso por parte dos usuários para garantir que essa ação se concretize, focando no monitoramento dos níveis e vazões dos rios Utinga e Bonito, bem como na regularização cadastral dos usuários da bacia”, explicou Antônio.

O engenheiro agrônomo Guilherme Sarmento, presidente da AABU e do CBH Paraguaçu, acompanhou toda a atividade e comentou sobre a campanha: “Avalio o encontro com o pessoal do Inema e da Sema como positivo. No entanto, só saberemos os resultados daqui para frente. Espero que este seja apenas o começo e que as ações avancem, pois precisamos de medidas concretas. Percebo nas falas do pessoal do Inema que essas ações acontecerão, então só tenho a agradecer a presença de todos e esperar que tudo se concretize”, disse Sarmento.

Os técnicos da Sema e do Inema também aproveitaram a oportunidade para realizar visitas técnicas a empreendimentos nos municípios de Wagner e Utinga, que utilizam a captação de recursos hídricos do Rio Utinga. Durante as visitas, foram avaliadas as práticas de uso da água, com o objetivo de identificar possíveis melhorias na gestão dos recursos, garantir a conformidade com as normativas ambientais e promover o uso sustentável da água, assegurando a continuidade das atividades econômicas sem comprometer o abastecimento local.

Sobre o Rio Utinga – Com cerca de 70 km de extensão, o Rio Utinga passa pelos municípios de Utinga, Wagner, Lajedinho, Lençóis e Andaraí. Sua nascente está localizada na comunidade Cabeceira do Rio, habitada pelos indígenas da etnia Payayá, onde se forma uma grande represa.

Fonte: Ascom/Sema

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