Leilão de Diamantes de Santo Inácio, na Bahia, visa contribuir com desenvolvimento econômico da região e do país
Depósito com 245 milhões de toneladas de diamantíferos tem potencial para atrair investimentos e criar oportunidades de emprego
O depósito de Diamantes de Santo Inácio, localizado no município de Gentio do Ouro, localizado ao norte da Chapada Diamantina, distante 612 km de Salvador, na Bahia, com um volume estimado de 245 milhões de toneladas de minério diamantífero, será leiloado pelo Serviço Geológico do Brasil (SGB), empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia (MME). O evento ocorre no dia 27 de novembro, a partir das 9h, na sala Plenária da ANM, em Brasília, contando com o apoio do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República.
Segundo o diretor de Geologia e Recursos Minerais do SGB, Valdir Silveira, o leilão do depósito de diamantes de Santo Inácio, localizado na Chapada Diamantina, representa uma oportunidade de negócio promissora. “Situado em uma região com histórico de produção diamantífera, o projeto agrega valor ao território por meio da avaliação detalhada do depósito, regulamentação adequada e parcerias estratégicas voltadas para atrair investimentos iniciais”, destacou.
O Projeto Diamante de Santo Inácio, do programa Patrimônio Mineral do SGB, envolve cinco áreas de mineração, totalizando 2.400 hectares, o equivalente a 3.429 campos de futebol. De acordo com estudos recentes, os recursos de diamante têm teor de 0,58 cpht, totalizando 1,8 milhão de quilates.
Podem participar do leilão empresas brasileiras ou estrangeiras, entidades de previdência complementar e fundos de investimento, isoladamente ou em consórcio. O certame será formalizado por meio de contrato de Promessa de Cessão de Direitos Minerários, a ser assinado após o leilão, pelos representantes da organização ou entidade vencedora.
O leilão visa desenvolver o setor mineral no Brasil, atraindo investimentos que beneficiem tanto o município quanto a região e o país. O certame será realizado a partir das 9h, na sala Plenária da ANM, em Brasília, contando com o apoio do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI) da Presidência da República.
Outras informações sobre os ativos minerários que serão leiloadas estão disponíveis aqui.
Cronograma
Evento | Data |
Publicação do edital | 4/11/2024 |
Abertura da visitação aos dados físicos dos projetos (data room físico) e disponibilização dos dados digitalizados (data room digital) | 5/11/2024 |
Data-limite de solicitação de esclarecimentos | 19/11/2024 |
Data-limite de resposta aos esclarecimentos solicitados | 26/11/2024 |
Data-limite de impugnação do edital | 20/11/2024 |
Data-limite de resposta às impugnações do edital | 22/11/2024 |
Sessão pública | 27/11/2024 |
Áreas arrematadas no leilão anterior (junho 2024)
No leilão de ativos minerários ocorrido em junho deste ano, o projeto Agrominerais de Aveiro (gipsita e calcário) foi arrematado pela empresa Gesso Integral Ltda. A área está localizada no estado do Pará. O calcário e a gipsita podem ser aplicados para a correção do solo, sendo importantes para otimizar a produção agrícola.
Esse projeto corresponde a áreas com ocorrências de gipsita (no Rio Cupari) e calcário (em Aveiro) – substâncias usadas como importantes insumos para o setor agrícola. Os recursos totalizam cerca de 326 milhões de toneladas de gipsita e 588 milhões de toneladas de calcário. Os direitos minerários foram arrematados pela Gesso Integral Ltda.
Já o Projeto Fosfato de Miriri, em Pernambuco e na Paraíba, foi arrematado pela empresa Elephant Mineração. O potencial para extração é de até 114 milhões de toneladas de minério fosfático e são previstos investimentos de cerca de R$ 2 milhões em pesquisas.
O fosfato desempenha um papel fundamental para a segurança alimentar, sendo uma substância essencial na produção de fertilizantes, que impulsionam a agricultura em nível global.
No Brasil, a mineração de fosfato tem ganhado importância na economia, consolidando-se como um dos insumos mais estratégicos para a fabricação de fertilizantes. Esse recurso é decisivo para aumentar a produtividade agrícola, e sua exploração tem gerado alta lucratividade, beneficiando diretamente o setor agrícola e contribuindo para o desenvolvimento econômico do país.
Assista abaixo o vídeo sobre o Leilão do SGB.
As informações são de Simone Goulart – Serviço Geológico do Brasil