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Meteorito que cruzou o céu da Bahia, foi visto em um raio de quase dois mil quilômetros, de Salvador até Belo Horizonte

O clarão visto por várias cidades da Bahia e até outros estados, chegou a ser confundindo com raio e fogos de artifícios. Assim descrevem muitas pessoas que viram a passagem do meteorito em território baiano no domingo (17/12), por volta das 21:35h, há registros do clarão no céu em um raio de quase dois mil quilômetros, de Juazeiro do Norte (CE) até Belo Horizonte (MG).

Imagem cedida por internauta do Seligachapada

Especialistas acreditam que os fragmentos do objeto espacial estão entre as cidades de Seabra e Macaúbas, na Chapada Diamantina.

Ver o clarão não significa necessariamente que o meteorito caiu próximo a você. Na verdade, quanto mais alto for o barulho ouvido pelos fragmentos, maior é a proximidade, como explica Marcelo Zurita, diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros (Bramon). Segundo ele, é possível que o fenômeno tenha sido visível em cidades como Salvador e Feira de Santana.

“Neste caso, o brilho mais intenso se deu próximo a 60 quilômetros de altitude, já temos registros captados por câmeras de segurança desde Juazeiro do Norte até Belo Horizonte. As pessoas talvez não estejam procurando porque acreditam que estão longe, mas é muito provável que encontrem essas imagens em Salvador”, diz o especialista.

Um vídeo divulgado nesta segunda-feira (18) pelo site Clima ao Vivo, em parceria com a Bramon, mostra imagens do meteorito em cidades baianas como Paulo Afonso, Ibiquera, Ipirá e Seabra. Além de Mauriti (CE), Santa Maria da Boa Vista (PE) e Aracaju (SE).

“Quando a rocha chega nas camadas mais baixas atmosfera gera ondas de choque, o que chega até o solo na forma de barulho de explosão, que lembra um trovão ou pneu estourando. Isso indica que é muito provável que tenhamos fragmentos em solo baiano”, completa Marcelo Zurita.

As imagens recuperadas ajudam a traçar a trajetória do fenômeno e identificar onde estão os fragmentos do meteorito. Desde 1784, cinco outros já foram encontrados em território baiano. Quem tiver gravações do clarão pode enviar para as redes sociais da Bramon ou para o Núcleo de Estudos em Meteoritos da Universidade Federal da Bahia (Ufba).

*** Parte deste conteúdo foi reproduzido do Correio24horas, leia a matéria original clicando aqui.

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